Vemos nos supermercados espaços reservados para produtos orgânicos. São produtos cultivados seguindo os princípios da agricultura orgânica, a de não utilizar fertilizantes e defensivos químicos, os conhecidos agrotóxicos.
Além de preservar a qualidade do produto, oferecendo alimentos mais saudáveis, este tipo de plantio preserva o solo, o lençol freático, e a saúde do agricultor. O algodão orgânico é produto desta agricultura.
Atualmente, o estado da Paraíba é o maior produtor de algodão orgânico do país. Grandes tecelagens arrematam toda esta produção e já garantem a compra das próximas safras. O aumento da procura pelo algodão orgânico mostra que mais pessoas estão aderindo nesta pegada ecológica.
A produção do algodão convencional no Brasil, ao contrário do orgânico, depende de muita água, de altas doses de fertilizantes e pesticidas para controlar insetos, pragas, ervas daninhas e aditivos químicos reguladores de crescimento. A contaminação do solo chega até o lençol freático, que carrega estes elementos tóxicos até os rios que abastecem as cidades. Os impactos ambientais são imensos, sem comentar a saúde dos agricultores e consumidores.
Quando citam o algodão BCI (Better Cotton Initiative – Iniciativa por um Algodão Melhor) passa a ideia de um tipo de algodão. Não é nada disso. É uma iniciativa de uma organização sem fins lucrativos criada em 2005, com sede em Genebra na Suíça.
Esta organização reúne produtores, marcas de confecção, varejistas, fabricantes e outros agentes da cadeia econômica, e estabelece princípios e regras na produção algodoeira mundial como relações justas de trabalho, zelar e preservar a qualidade da fibra, cuidar da saúde do solo, utilizar a água de maneira eficiente. No entanto, estes princípios não proíbem a utilização de agrotóxicos, mas sim, o uso controlado e dentro da legislação local.
Entende-se que este grupo de produtores e fabricantes certificados BCI, demonstram maior preocupação com a sustentabilidade.